segunda-feira, 29 de junho de 2020

Atividades Remotas de História Para os 7º's Anos I, II, III e IV - 13ª Semana - Dom Inácio

ATIVIDADES REMOTAS DE HISTÓRIA PARA OS 7º’S ANOS – SEMANA 24/06 A 30/06 (13ª SEMANA)
Assistir ao vídeo “Absolutismo e Mercantilismo”:



·        Ler o texto “Estados nacionais: uma nova organização política”, copie e responda as perguntas no seu caderno de História.

Estados nacionais: uma nova organização política
A expressão Estado nacional refere-se à constituição de um país politicamente organizado, com território, governo e exército próprios. Nesse período, não havia propriamente países, mas reinos. Eram domínios territoriais de monarcas, que podiam passar de uma família a outra, dependendo de quem vencesse a guerra, por casamentos arranjados ou pela morte de um rei sem herdeiros. Quando o comando de um reino passava para outra família, muitas vezes tinha início uma nova dinastia.
Toda a população governada por esse monarca – os súditos – ficava submetida à mesma organização política, com instituições e leis próprias e soberanas, ou seja, um Estado nacional. A nação passava a ser identificada por seus elementos culturais predominantes: idioma e costumes.
O processo de formação dos Estados nacionais foi demorado e, em muitos casos, violento, pois resultou de longas guerras e disputas de poder. Mesmo a unificação da língua falada nesses reinos, convertendo-a em idioma nacional, foi um processo lento, pois as pessoas conservavam seus dialetos locais.
Os Estados nacionais europeus começaram a ser formar na Baixa Idade Média, e isso não ocorreu ao mesmo tempo e da mesma maneira em todo o continente. Portugal, por exemplo, formou-se ainda no século XI, enquanto outros Estados se consolidaram nos séculos XIV, XV e XVI. Os reinos da Itália e da Alemanha, por exemplo, concluíram seus processos de unificação somente no século XIX.
A centralização do poder
A centralização política ajudou na solução de vários problemas que atrapalhavam o crescimento do comércio, como a circulação de várias moedas, a existência de diferentes padrões de medida e peso, o excesso de impostos e taxas, além da cobrança de pedágios para transitar de um lugar a outro.
A centralização facilitou, ainda, a formação de exércitos mais bem equipados e poderosos. Na Espanha e em Portugal, a luta principal era para expulsar os invasores muçulmanos que dominavam a península Ibérica desde o século VII. Em outras partes do continente, as guerras ampliaram ou consolidaram os domínios dos reis, pois nem todos os senhores feudais aceitavam facilmente essa centralização.
Assim, com a reunião de vários domínios feudais, como os reinos, condados, ducados, etc., foram se estabelecendo os Estados, com leis, moeda própria, idioma oficial – antes, os documentos e os registros eram escritos, em geral, no latim.
Jogo de interesses
A nobreza queria manter a todo custo seus rendimentos e privilégios numa época de crise econômica, queda de produção e violentas revoltas camponesas. Com a centralização do poder nas mãos dos reis, os nobres garantiram seus privilégios feudais: não pagavam impostos ou taxas, preservaram seus direitos de propriedade e a autoridade sobre os camponeses. Além disso, muitos nobres decadentes foram nomeados para cargos na administração do Estado, na cobrança de impostos e no exército. A centralização política exigia a formação de um corpo de funcionários burocrático, e os principais cargos cabiam aos nobres.
A burguesia, apesar de não ter os privilégios e benefícios da nobreza, também era favorável à centralização política. Os burgueses necessitavam de um ambiente seguro e estável para desenvolver seus negócios. Muitos deles apoiaram e até financiaram os Estados que iam se formando. Com esses recursos, o rei mantinha um exército regular e a burocracia administrativa, além das vantagens e do luxo da corte.
Características dos Estados nacionais modernos
Os Estados nacionais da França, da Inglaterra e da Prússia (atual Alemanha) eram comandados por reis. Apesar das diferentes características de cada reino, havia traços comuns a esses Estados nacionais modernos:
·        Adoção da monarquia, regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca (rei); seu poder é vitalício e hereditário;
·        Manutenção de um exército administrativo real para defender os interesses do reino;
·        Organização de um sistema administrativo centralizado que ainda funcionava conforme o modelo medieval, ou seja, doando cargos como benefício ou recompensa por lealdade e serviços prestados ao rei;
·        Criação de um sistema tributário nacional. O peso dos impostos recaía sobre a burguesia e sobre as camadas populares, uma vez que o clero e a nobreza estavam isentos do pagamento de tributos.
Do século XVI ao XVIII, o poder absoluto do soberano foi uma marca das monarquias europeias. O poder dos reis era quase ilimitado; eles governavam de acordo com sua vontade, acima de qualquer lei. A figura do governante se confundia com a imagem do próprio Estado. Quanto mais poder tivesse o Estado, maior seria a autoridade do soberano.
A legitimidade do poder real dependia, em primeiro lugar, da sua dinastia. As teorias políticas da época defendiam e justificavam o princípio do “direito divino dos reis”, que fazia do monarca uma espécie de “representante de deus na Terra”. Outros justificavam o poder absoluto pela teoria contratual, segundo a qual o poder do rei resultara de uma espécie de contrato social em que a população se submetia ao rei em troca da manutenção da ordem e da segurança no reino.
O expansionismo marítimo europeu e a formação de impérios coloniais, a partir do século XVI, aumentaram a riqueza e o poder dos Estados, fortalecendo e legitimando os soberanos absolutistas.
Com o controle total das monarquias absolutistas sobre as atividades econômicas do reino, aumentava-se a arrecadação de impostos, assegurando-se o enriquecimento da nação e a consolidação do poder real.
Os princípios teóricos e a política econômica adotados pelos monarcas europeus ficaram conhecidos sob a denominação geral de mercantilismo, cujo princípio básico era a intervenção e o controle da economia pelo Estado. A produção, a circulação e a negociação de mercadorias eram controladas por funcionários e ministérios reais. Eles definiam os preços, o que produzir e o que exportar ou importar, a fim de que o país lucrasse e possuísse a maior quantidade possível de metais preciosos.
O metalismo, o intervencionismo estatal, a balança comercial favorável (exportar mais que importar), a exploração de territórios colônias e o nacionalismo econômico foram os princípios básicos do mercantilismo.
Vocabulário:
Dinastia: série de governantes pertencentes a uma mesma família.
Vitalício: para toda a vida.
Hereditário: transmitido de pai para o filho.
Metalismo:  acúmulo de metais preciosos.
Intervencionismo estatal: controle da economia pelo Estado.
Nacionalismo: preferência, por vezes exclusiva, por tudo o que diz respeito à nação de que se faz parte.

EXERCÍCIOS DE COMPREENSÃO

1.     A que se refere a expressão Estado nacional?
2.     O processo de formação dos Estados nacionais foi pacífico ou violento? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
3.     A centralização política ajudou na solução de vários problemas que atrapalhavam o crescimento do comércio. Quais eram esses problemas?
4.     Com a centralização do poder nas mãos dos reis o que aconteceu com os nobres?
5.     Por que os burgueses apoiaram e financiaram os Estados que estavam se formando?
6.     Quais eram os traços comuns aos Estados nacionais modernos?
7.     Como ficou o poder do soberano entre os séculos XVI e XVIII?
8.     Quais eram as ideias que os pensadores da época utilizavam para justificar o poder absoluto dos reis?
9.     O que era o mercantilismo? Quais eram os seus princípios básicos?
10.  O que é uma balança comercial favorável?
11.  Leia as páginas 60 e 61 do seu livro didático de História e responda:
a) Quais os principais pensadores que defendiam o fortalecimento do poder real e a centralização do Estado?
b) O que defendia Nicolau Maquiavel?
c) De acordo com Thomas Hobbes o que era o contrato social?
d) O que defendia o bispo francês Jacques Bossuet? 

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