ATIVIDADES
REMOTAS DE HISTÓRIA PARA OS 7º’S ANOS – SEMANA 24/06 A 30/06 (13ª SEMANA)
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“Absolutismo e Mercantilismo”:
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Ler
o texto “Estados nacionais: uma nova organização política”, copie e responda as
perguntas no seu caderno de História.
Estados nacionais: uma
nova organização política
A expressão Estado nacional refere-se à
constituição de um país politicamente organizado, com território, governo e
exército próprios. Nesse período, não havia propriamente países, mas reinos.
Eram domínios territoriais de monarcas, que podiam passar de uma família a
outra, dependendo de quem vencesse a guerra, por casamentos arranjados ou pela
morte de um rei sem herdeiros. Quando o comando de um reino passava para outra
família, muitas vezes tinha início uma nova dinastia.
Toda a população governada por esse
monarca – os súditos – ficava submetida à mesma organização política, com
instituições e leis próprias e soberanas, ou seja, um Estado nacional. A
nação passava a ser identificada por seus elementos culturais predominantes:
idioma e costumes.
O processo de formação dos Estados
nacionais foi demorado e, em muitos casos, violento, pois resultou de longas
guerras e disputas de poder. Mesmo a unificação da língua falada nesses reinos,
convertendo-a em idioma nacional, foi um processo lento, pois as pessoas
conservavam seus dialetos locais.
Os Estados nacionais europeus começaram
a ser formar na Baixa Idade Média, e isso não ocorreu ao mesmo tempo e da mesma
maneira em todo o continente. Portugal, por exemplo, formou-se ainda no século
XI, enquanto outros Estados se consolidaram nos séculos XIV, XV e XVI. Os
reinos da Itália e da Alemanha, por exemplo, concluíram seus processos de
unificação somente no século XIX.
A centralização do poder
A centralização política ajudou na
solução de vários problemas que atrapalhavam o crescimento do comércio, como a
circulação de várias moedas, a existência de diferentes padrões de medida e
peso, o excesso de impostos e taxas, além da cobrança de pedágios para
transitar de um lugar a outro.
A centralização facilitou, ainda, a
formação de exércitos mais bem equipados e poderosos. Na Espanha e em Portugal,
a luta principal era para expulsar os invasores muçulmanos que dominavam a
península Ibérica desde o século VII. Em outras partes do continente, as
guerras ampliaram ou consolidaram os domínios dos reis, pois nem todos os
senhores feudais aceitavam facilmente essa centralização.
Assim, com a reunião de vários domínios
feudais, como os reinos, condados, ducados, etc., foram se estabelecendo os
Estados, com leis, moeda própria, idioma oficial – antes, os documentos e os
registros eram escritos, em geral, no latim.
Jogo de interesses
A nobreza queria manter a todo custo
seus rendimentos e privilégios numa época de crise econômica, queda de produção
e violentas revoltas camponesas. Com a centralização do poder nas mãos dos
reis, os nobres garantiram seus privilégios feudais: não pagavam impostos
ou taxas, preservaram seus direitos de propriedade e a autoridade sobre os
camponeses. Além disso, muitos nobres decadentes foram nomeados para cargos na
administração do Estado, na cobrança de impostos e no exército. A centralização
política exigia a formação de um corpo de funcionários burocrático, e os
principais cargos cabiam aos nobres.
A burguesia, apesar de não ter os
privilégios e benefícios da nobreza, também era favorável à centralização
política. Os burgueses necessitavam de um ambiente seguro e estável para
desenvolver seus negócios. Muitos deles apoiaram e até financiaram os Estados
que iam se formando. Com esses recursos, o rei mantinha um exército regular e a
burocracia administrativa, além das vantagens e do luxo da corte.
Características dos Estados nacionais
modernos
Os Estados nacionais da França, da
Inglaterra e da Prússia (atual Alemanha) eram comandados por reis. Apesar das
diferentes características de cada reino, havia traços comuns a esses Estados
nacionais modernos:
·
Adoção
da monarquia, regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca
(rei); seu poder é vitalício
e hereditário;
·
Manutenção
de um exército administrativo real para defender os interesses do reino;
·
Organização
de um sistema administrativo centralizado que ainda funcionava conforme o
modelo medieval, ou seja, doando cargos como benefício ou recompensa por
lealdade e serviços prestados ao rei;
·
Criação
de um sistema tributário nacional. O peso dos impostos recaía sobre a burguesia
e sobre as camadas populares, uma vez que o clero e a nobreza estavam isentos
do pagamento de tributos.
Do século XVI ao XVIII, o poder absoluto
do soberano foi uma marca das monarquias europeias. O poder dos reis era quase
ilimitado; eles governavam de acordo com sua vontade, acima de qualquer lei. A
figura do governante se confundia com a imagem do próprio Estado. Quanto mais
poder tivesse o Estado, maior seria a autoridade do soberano.
A legitimidade do poder real dependia,
em primeiro lugar, da sua dinastia. As teorias políticas da época defendiam e
justificavam o princípio do “direito divino dos reis”, que fazia do
monarca uma espécie de “representante de deus na Terra”. Outros justificavam o poder
absoluto pela teoria contratual, segundo a qual o poder do rei resultara de
uma espécie de contrato social em que a população se submetia ao rei em troca
da manutenção da ordem e da segurança no reino.
O expansionismo marítimo europeu e a
formação de impérios coloniais, a partir do século XVI, aumentaram a riqueza e
o poder dos Estados, fortalecendo e legitimando os soberanos absolutistas.
Com o controle total das monarquias
absolutistas sobre as atividades econômicas do reino, aumentava-se a
arrecadação de impostos, assegurando-se o enriquecimento da nação e a
consolidação do poder real.
Os princípios teóricos e a política
econômica adotados pelos monarcas europeus ficaram conhecidos sob a denominação
geral de mercantilismo, cujo princípio básico era a intervenção e o
controle da economia pelo Estado. A produção, a circulação e a negociação de
mercadorias eram controladas por funcionários e ministérios reais. Eles
definiam os preços, o que produzir e o que exportar ou importar, a fim de que o
país lucrasse e possuísse a maior quantidade possível de metais preciosos.
O metalismo, o intervencionismo estatal, a balança comercial
favorável (exportar mais que importar), a exploração de territórios colônias e
o nacionalismo
econômico foram os princípios básicos do mercantilismo.
Vocabulário:
Dinastia: série
de governantes pertencentes a uma mesma família.
Vitalício: para
toda a vida.
Hereditário: transmitido
de pai para o filho.
Metalismo: acúmulo de metais preciosos.
Intervencionismo estatal: controle da economia pelo Estado.
Nacionalismo: preferência,
por vezes exclusiva, por tudo o que diz respeito à nação de que se faz parte.
EXERCÍCIOS DE COMPREENSÃO
1.
A
que se refere a expressão Estado nacional?
2.
O
processo de formação dos Estados nacionais foi pacífico ou violento? Comprove
sua resposta com um trecho do texto.
3.
A
centralização política ajudou na solução de vários problemas que atrapalhavam o
crescimento do comércio. Quais eram esses problemas?
4.
Com
a centralização do poder nas mãos dos reis o que aconteceu com os nobres?
5.
Por
que os burgueses apoiaram e financiaram os Estados que estavam se formando?
6.
Quais
eram os traços comuns aos Estados nacionais modernos?
7.
Como
ficou o poder do soberano entre os séculos XVI e XVIII?
8.
Quais
eram as ideias que os pensadores da época utilizavam para justificar o poder
absoluto dos reis?
9.
O
que era o mercantilismo? Quais eram os seus princípios básicos?
10. O que é uma balança comercial favorável?
11. Leia as páginas 60 e 61 do seu livro
didático de História e responda:
a) Quais os principais pensadores que
defendiam o fortalecimento do poder real e a centralização do Estado?
b) O que defendia Nicolau Maquiavel?
c) De acordo com Thomas Hobbes o que era
o contrato social?
d) O que defendia o bispo francês
Jacques Bossuet?
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